“Os indivíduos muito ricos afetados por essa medida, e os meios de comunicação que possuem, falaram com muito veemência sobre o assunto, na tentativa de desencorajar o governo de se envolver em qualquer forma de reflexão ou discussão”, disse Zucman.
No entanto, o homem de 38 anos, que ensina na Escola de Economia de Paris e na Universidade da Califórnia, Berkeley, agradece que a atenção política e da mídia tenha contribuído para “um melhor entendimento” das questões que envolvem a tributação.
“Estou feliz por melhorar o nível do debate”, disse ele.
Não é tarde demais
A renúncia de Lecornu mergulhou o país em profunda incerteza política e financeira. Os custos de empréstimos subiram as notícias enquanto o euro caiu mais de meio centavo contra o dólar, um raro exemplo de revolta política doméstica tendo efeitos além das fronteiras da França.
Zucman vê o problema como algo que pode ser corrigido, em vez de uma ameaça existencial que pode arrastar toda a zona do euro, graças em parte ao alto nível de economia privado do público francês e aos ativos que eles já possuem.
“Não devemos dramatizar”, disse Zucman. “A França não está à mercê de seus credores internacionais”.
Tributar os ativos privados do Ultrarich, afirma Zucman, ajudaria a França a superar sua crise orçamentária.
“É um problema que financeiramente tem uma solução e essa solução pertence aos franceses”, disse ele.




