“Não posso dizer porque é uma espécie de segredo aberto, mas sim, ficou claro em algum momento que o nome (de Thierry Breton) fazia parte da negociação”, disse uma autoridade francesa com conhecimento das negociações, sob condição de permanecer anônima.
O rumor de que Macron eventualmente abandonaria Breton circulou por semanas, se não meses, nos círculos de Bruxelas. As ligações se intensificaram entre Macron e von der Leyen na semana passada, em meio a temores em Paris de que o portfólio da França estava sendo diluído, antes de Séjourné ser trocado por Breton, de acordo com três autoridades francesas que receberam anonimato porque não foram autorizadas a comentar o assunto.
Em troca do chefe de Breton, disseram duas autoridades francesas, Paris pressionou pelo controle dos principais departamentos políticos europeus, também conhecidos como “Direções-Gerais”, que é como os comissários exercem sua autoridade.
Isso inclui poderes administrativos relacionados à concorrência, pesquisa e inovação, comércio, economia e finanças.
Breton, antes de sair, era comissário de mercado interno. Em sua carta de renúncia na segunda-feira, Breton acusou o presidente da Comissão de removê-lo em “uma troca política (por) um portfólio supostamente mais influente”.
Espera-se que Von der Leyen revele seu Colégio de Comissários, composto pela própria presidente e 26 comissários (um de cada país-membro), na terça-feira, tendo já adiado uma vez para garantir maior equilíbrio de gênero na equipe.