Política

UE estará “pronta” para a guerra com a Rússia até 2030

“Uma Rússia militarizada representa uma ameaça persistente à segurança europeia durante o previsível
futuro”, diz o documento, que foi divulgado pela primeira vez pela Bloomberg.

Embora os países da UE estejam a aumentar rapidamente os seus orçamentos de defesa, grande parte dessas despesas “permanece esmagadoramente nacional, conduzindo à fragmentação, à inflação de custos e à falta de
interoperabilidade”, diz o documento de 16 páginas.

O órgão executivo da UE está a pressionar as capitais para que comprem armas em conjunto e pretende que pelo menos 40% das aquisições de defesa sejam contratos conjuntos até ao final de 2027 – contra menos de um quinto agora. O roteiro também estabelece metas para que pelo menos 55% das compras de armas venham de empresas da UE e da Ucrânia até 2028 e pelo menos 60% até 2030.

Definindo prioridades

O documento aborda ponto a ponto uma série de prioridades.

Um dos seus principais objetivos é colmatar as lacunas de capacidades da UE em nove domínios: defesa aérea e antimísseis, facilitadores, mobilidade militar, sistemas de artilharia, IA e cibernética, mísseis e munições, drones e anti-drones, combate terrestre e marítimo. O plano também menciona áreas como a prontidão de defesa e o papel da Ucrânia, que seria fortemente armada e apoiada para se tornar um “porco-espinho de aço” capaz de dissuadir a agressão russa.

Inclui também cronogramas para três projetos principais: o Eastern Flank Watch, que integrará sistemas de defesa terrestre com sistemas de defesa aérea e anti-drones e o “European Drone Wall” recentemente proposto pela Comissão para melhor proteger os países orientais; o Escudo Aéreo Europeu para criar um sistema de defesa aérea multicamadas; e um Escudo Espacial de Defesa para proteger os ativos espaciais do bloco.