Política

UE condena repressão no Azerbaijão após ativista pela paz ser acusado de “traição”

Samadov foi detido no início desta semana e compareceu na sexta-feira perante um tribunal em Baku para ser acusado de “traição”. Se condenado, ele poderá pegar prisão perpétua e teria declarado que pretende iniciar uma greve de fome após cumprir quatro meses de prisão preventiva.

“O caso dele se soma ao número preocupante e crescente de detenções de jornalistas independentes, defensores dos direitos humanos e representantes da sociedade civil desde o final do ano passado”, disse Stano.

“Reiteramos nosso apelo ao Azerbaijão para que liberte todos os detidos por exercerem seus direitos fundamentais. Também apelamos ao Azerbaijão para que garanta transparência e devido processo, bem como condições dignas e seguras para todos os detidos, incluindo seu pleno acesso à saúde e serviços jurídicos independentes”, acrescentou.

De acordo com a família de Samadov, ele foi preso quando os serviços de segurança invadiram sua casa na quarta-feira. O jovem de 28 anos criticou o governo autoritário do Azerbaijão e tentou construir pontes com ativistas na vizinha Armênia, com a qual Baku travou uma guerra em 2020.

A Freedom House alertou que o Azerbaijão não tem um judiciário independente, o que “é evidente nos muitos casos forjados ou falhos movidos contra figuras da oposição, ativistas e jornalistas críticos”. Dezenas de figuras da sociedade civil enfrentaram acusações contestadas nos últimos meses.