“O pacote acrescenta mais pessoas e entidades à lista de sanções já existente e tem como alvo entidades na Rússia e em terceiros países que não a Rússia que contribuem indiretamente para o aprimoramento militar e tecnológico da Rússia através da evasão das restrições à exportação”, disse a presidência do Conselho Húngaro em uma declaração.
O acordo significa que o pacote pode ser aprovado quando os ministros das Relações Exteriores da UE se reunirem na próxima segunda-feira. Ainda assim, as novas sanções são apenas uma antevisão de lutas maiores que virão no próximo ano. Na terça-feira, 10 países da UE emitiram uma carta conjunta – vista pelo POLITICO – apelando a novas restrições duras ao gás natural, ao alumínio e ao combustível nuclear russos, como parte de uma tentativa de drenar as reservas de guerra do Kremlin.
Compromisso linguístico
O 15º pacote de sanções foi adiado na semana passada, depois de a Letónia e a Lituânia terem usado os seus poderes de veto, argumentando que a UE deveria pôr fim a uma cláusula que permite que as empresas continuem a operar na Rússia.
A disposição, introduzida pela primeira vez em dezembro de 2022, já foi prorrogada três vezes, o que os críticos dizem ter dado às empresas tempo suficiente para se desinvestirem. No entanto, países como a Alemanha, a França e a Itália mostraram-se relutantes em reabrir as discussões.
A Letónia e a Lituânia retiraram as suas objecções depois de os negociadores terem concordado em adicionar uma linguagem não vinculativa aconselhando as empresas da UE a abandonarem a Rússia, de acordo com cinco responsáveis familiarizados com as conversações, falando anonimamente para descrever as negociações a portas fechadas.
De acordo com um documento ao qual o POLITICO teve acesso, o novo texto diz: “Os operadores da UE deveriam considerar encerrar negócios na Rússia e/ou não iniciar novos negócios lá”.