Os investidores estavam “colocando sua confiança no conceito de que precisamos de uma opção segura, responsável e controlada para a reflexão da luz solar, o que para mim é (um) um passo muito importante na evolução deste campo”, disse o CEO da Stardust, Yanai Yedvab, durante uma entrevista esta semana no escritório da POLITICO em Londres. Ele e o cofundador Amyad Spector, que também veio para a entrevista, são físicos nucleares que trabalharam anteriormente para o governo israelense.
A arrecadação de fundos da startup foi liderada pela Lowercarbon Capital, uma empresa com foco em tecnologia climática com sede em Wyoming, cofundada pelo investidor bilionário Chris Sacca.
Também foi apoiado pela Exor, empresa de Agnellis, uma holding holandesa que é a maior acionista da Stellantis, controladora da Chrysler, da fabricante de carros esportivos de luxo Ferrari e do italiano Juventus Football Club. Dez outras empresas – vindas de São Francisco a Berlim – e um indivíduo, o ex-executivo do Facebook Matt Cohler, também aderiram à rodada de arrecadação de fundos da Stardust, a segunda desde que foi fundada há dois anos.
A empresa já arrecadou um total de US$ 75 milhões. Está registrada no estado americano de Delaware e sediada fora de Tel Aviv, mas não é afiliada ao estado de Israel.
O aumento do entusiasmo dos investidores pela Stardust surge num contexto de esforços políticos estagnados em Washington e noutras capitais para reduzir a utilização de petróleo, gás e carvão – os principais motores das alterações climáticas. Entretanto, as temperaturas globais continuam a subir para novos patamares, agravando incêndios florestais, inundações, secas e outros desastres naturais que alguns decisores políticos dos EUA atribuíram infundadamente à geoengenharia solar.
O novo influxo de dinheiro é quatro vezes o tamanho da rodada inicial de arrecadação de fundos da startup e, argumentou Yedvab, representa um grande voto de confiança na Stardust e em sua estratégia de conseguir contratos governamentais para a implantação de sua tecnologia em escala global. Mostra também que um grupo crescente de investidores está disposto a apostar na geoengenharia solar – uma tecnologia que alguns cientistas ainda consideram demasiado perigosa para sequer ser estudada.




