As autoridades francesas lançaram a investigação em agosto, após uma queixa formal de Jolly, que relatou ter recebido inúmeras ameaças após a cerimônia de abertura, o que gerou uma reação centrada principalmente em torno de um segmento intitulado “Festividade”, apresentando dançarinos e artistas drag em uma cena que alguns consideraram uma reminiscência de de “A Última Ceia”, de Leonardo Da Vinci.
A performance provocou indignação entre vários grupos cristãos, que acusaram Jolly de desrespeitar o cristianismo, e atraiu críticas de políticos de direita, como o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, e o ex-presidente dos EUA, Donald Trump.
A DJ francesa Barbara Butch, que se apresentou durante parte da cerimônia, também apresentou diversas queixas no final de julho, após receber ameaças de morte e estupro.
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, respondeu veementemente às críticas, estendendo seu apoio a Jolly e condenando a reação negativa.
“Foda-se os reacionários, foda-se esta extrema direita, foda-se todos aqueles que gostariam de nos prender numa guerra de todos contra todos”, disse ela durante uma entrevista ao Le Monde em agosto.