A queixa referia-se à acta de uma reunião em Maio entre o gabinete do Comissário da Economia Valdis Dombrovskis e a Mesa Redonda Europeia para a Indústria, que dizia: “A ERT perguntou sobre as propostas relativas à primeira proposta omnibus. O Chefe do Gabinete deu uma visão geral da situação.”
Muito lobby
O Provedor de Justiça escreveu na sua resposta à ONG que a “recusa implícita” da Comissão em fornecer quaisquer documentos de acompanhamento da reunião depois de os ter solicitado justificava um inquérito, que abriu no início deste mês.
A ONG argumentou que era particularmente importante aceder à informação, dada a “enorme” quantidade de lobby que foi aplicada ao plano de simplificação – a medida da Comissão para reduzir a burocracia.
Afirmou que foram realizadas mais de 600 reuniões individuais entre a Comissão e lobistas sobre o plano, que as empresas acolheram amplamente porque visa desfazer-se de pilhas de propostas de lei. Ao mesmo tempo, a iniciativa preocupa a sociedade civil, que a vê como um eufemismo para desregulamentação.
A denúncia também impugna a nova abordagem da Comissão à abertura em torno das reuniões.
No ano passado, num dos primeiros movimentos do segundo mandato de von der Leyen, o executivo da UE ampliou a quantidade de reuniões que devem ser tornadas públicas. Essas obrigações aplicam-se agora a mais de 1 500 funcionários e não apenas aos membros mais graduados da Comissão.




