Política

Procurador-chefe da Hungria pede ao PE que levante imunidade do principal rival de Orbán

Magyar estava presente na boate Ötkert, no centro de Budapeste, na madrugada de 21 de junho, quando teve uma acalorada discussão com outro convidado.

De acordo com um relatório policial obtido pelo portal de notícias húngaro Telex, um convidado do clube estava filmando magiares dançando com mulheres. Magyar se opôs, e ocorreu uma discussão durante a qual Magyar arrancou o telefone da mão do homem.

Mais tarde, Magyar foi filmado sendo conduzido para fora do clube por seguranças e depois caminhando até a margem do rio Danúbio, onde, de acordo com o relatório da polícia e dos promotores, ele jogou um “objeto de cor preta” na água. Magyar admitiu ter levado o celular do homem, mas não admitiu tê-lo jogado no rio.

“Esse comportamento pode configurar crime de furto. O telefone, no valor de mais de 100.000 forints (250 euros), foi devolvido à vítima em condições de funcionamento após a intervenção da polícia”, escreveu o Gabinete do Procurador-Geral num comunicado.

O procurador-chefe da Hungria pediu ao Parlamento Europeu que levantasse a imunidade do processo contra o principal rival político do primeiro-ministro Viktor Orbán. | Átila Kisbenedek/Getty Images

Polt pediu à presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, que renunciasse à imunidade européia de Magyar para permitir que ele fosse processado.

Magyar postou uma resposta sarcástica no Facebook. “Quão rápido e ‘eficiente’ o fundador do Fidesz, Péter Polt, pode ser”, escreveu ele. “Qual é a situação de Tóni, camarada procurador-geral?”

O “Tóni” referia-se a um caso pendente envolvendo o poderoso chefe de gabinete de Orbán, Antal Rogán, a quem Magyar acusa de corrupção de alto nível.