“Uma rejeição só pode ser evitada se a Comissão melhorar a sua proposta em breve. Nenhuma opção está fora de questão”, acrescentou Mureșan numa declaração escrita.
O PPE está a apertar os parafusos à Comissão depois de dias de reuniões com comissários responsáveis pelo orçamento que foram descritas por membros do partido como improdutivas.
Se o impasse continuar, o Parlamento Europeu poderá apresentar uma moção para rejeitar a proposta durante uma sessão plenária em Bruxelas, no dia 12 de Novembro. Tal medida provavelmente receberia o apoio da maioria dos grupos políticos.
A Comissão poderia, teoricamente, ignorar a votação do Parlamento – mas isso poderia significar problemas mais adiante, dado que é necessária a aprovação do Parlamento para aprovar o próximo orçamento de sete anos, que abrange os anos de 2028 a 2034.
Para permitir mais tempo para negociações, o PPE recuou de uma ameaça anterior de apresentar uma moção contra a proposta da Comissão durante a sessão plenária da próxima semana em Estrasburgo.
Sob forte pressão de agricultores e autarcas, o PPE exigiu alterações a um controverso plano para reunir fundos para agricultores e regiões — que representam mais de metade do orçamento total da UE — em fundos únicos geridos pelos governos nacionais.
“Tive reuniões com o Comissário (da Agricultura) (Christophe) Hansen… estamos a tentar melhorar a proposta”, disse Herbert Dorfmann, o principal legislador agrícola do PPE, ao POLITICO. Ele alertou que eles “estão prontos para apoiar uma rejeição se não houver nenhuma ação” por parte da Comissão.
Nos próximos dias, os principais legisladores do PPE continuarão a reunir-se com os comissários responsáveis pelo orçamento, agricultura e política regional – Piotr Serafin, Christophe Hansen e Raffaele Fitto – numa tentativa de garantir concessões.
