Saúde

Os investimentos em drogas da UE devem ser protegidos, diz o vice -ministro da Saúde da Tcheca

O vice -ministro da Saúde tcheco, Jakub Dvořáček, disse à EurActiv que, embora a Lei dos Medicamentos Críticos pudesse melhorar o acesso a medicamentos em todoaté que os principais problemas sejam resolvidos para que seja eficaz.

Ao receber a iniciativa, Dvořáček alertou essa incerteza em torno do investimento, definições pouco claras de medicamentos fabricados na Europa e falta de coordenação entre os Estados-Membros podem minar seu impacto.

“Em termos de segurança e o fornecimento de medicamentos-chave, o material não é ruim”, disse Dvořáček, que co-preside o primeiro grupo de trabalho da Critical Medicines Alliance.

No entanto, ele enfatizou que a proposta precisa de regras mais claras para garantir a segurança a longo prazo da oferta, impedir investimentos fragmentados e apoiar o lançamento de medicamentos em estados membros menores.

A proposta da Comissão Europeia visa fortalecer as cadeias de suprimentos farmacêuticos da Europa, reduzindo a dependência de fornecedores do terceiro papo e abordando a escassez de medicamentos.

Um elemento-chave é a lista sindical de medicamentos críticos, que serão atualizados regularmente para priorizar os medicamentos essenciais para o suporte em toda a UE.

A Lei também inclui disposições para incentivos de investimento e compras conjuntas, permitindo que os Estados -Membros combinem o poder de compra para garantir um melhor acesso a medicamentos.

Definições de medicamentos necessários

Dvořáček reconheceu a importância dessas medidas, mas apontou várias preocupações em relação à sua implementação. Uma de suas principais questões é o tempo necessário para os investimentos se traduzirem na produção real de medicamentos.

“Desde a decisão de investir até o lançamento da produção e o produto final que chega ao mercado, o processo leva de três a quatro anos. Não há garantia de que o medicamento não caia da lista de medicamentos críticos nesse meio tempo”, ressaltou.

A imprevisibilidade de quais medicamentos permanecem na lista apresenta um risco para os investidores, desanimando potencialmente a participação em projetos estratégicos. Também não há uma definição clara do que constitui um medicamento feito pela Europa.

“Somente esses medicamentos podem ser considerados estratégicos, mas precisamos esclarecer qual parte do medicamento deve se originar da Europa, se ela se aplica apenas à substância ativa e a outros aspectos relacionados”, disse Dvořáček.

Ele também apontou o risco de investimentos descoordenados. Se cada país buscar seus próprios projetos sem coordenação, vários estados poderão acabar investindo nos mesmos medicamentos, como a penicilina, em vez de distribuir recursos com eficiência em diferentes tipos de medicamentos críticos.

Aquisições conjuntas cruciais

A lei introduz mecanismos de compras conjuntas, que podem ajudar os países menores da UE a acessar os medicamentos com mais facilidade.

Atualmente, as empresas farmacêuticas tendem a priorizar mercados maiores, disponibilizando novos medicamentos em países como Alemanha e França antes de expandir para estados menores. Isso resulta no atraso no acesso ao paciente a medicamentos em mercados economicamente mais atraentes.

O DVOřáček vê o potencial no sistema de compras conjuntas, que deve cobrir não apenas medicamentos “críticos”, mas também os de “interesse comum”.

“Finalmente cria as condições para negociações conjuntas e compras européias em uma escala maior do que eu pensava originalmente – porque elas estão trabalhando com produtos de interesse comum, não apenas os críticos. Isso me fez feliz”, disse ele.

A compra conjunta pode melhorar as condições de negociação para países menores, garantindo que os medicamentos sejam introduzidos de maneira mais uniforme na UE. “A Comissão Europeia está preparando a capacidade de ajudar com isso. Está se movendo na direção certa”, disse Dvořáček.

Termine o pacote farmacêutico primeiro

A proposta não inclui explicitamente medidas contra o estoque nacional descoordenado de medicamentos – uma questão que foi destacada pela Tchechia recentemente – mas a questão é mencionada na Lei de Medicamentos Críticos.

O DVOřáček deu as boas -vindas a essas referências, mas observou que elas deveriam ser incorporadas ao pacote farmacêutico da UE – outra legislação da UE que está em um estágio mais avançado das negociações.

De acordo com Dvořáček, as medidas contra estocagem descoordenada devem se aplicar não apenas a medicamentos críticos, mas a todos os medicamentos onde a disponibilidade pode se tornar limitada.

Dvořáček também enfatizou que o alinhamento da Lei com a legislação farmacêutica mais ampla é necessária para evitar contradições. “Temos que terminar o trabalho no pacote farmacêutico primeiro e depois trabalhar com os medicamentos críticos agir para que eles se refletissem e não se contradizem”, disse ele.

A indústria tcheca exige ação rápida

Da perspectiva da indústria farmacêutica tcheco, a Lei de Medicamentos Críticos representa uma oportunidade importante, mas apenas se o país agir rapidamente.

Filip Vrubel, diretor executivo da Associação Tcheca de Empresas Farmacêuticas, enfatizou que a Lei não apenas criará concorrência entre fabricantes da UE e fornecedores de terceiros países, mas também entre diferentes estados membros da UE.

“O esforço da Comissão de trazer a fabricação farmacêutica de volta à Europa é uma oportunidade que não devemos perder. A Lei dos Medicamentos Críticos pode ajudar a reverter a situação desfavorável atual, mas seu sucesso dependerá de como os estados individuais usam suas ferramentas”, disse Vrubel.

Ele alertou que alguns países, como a França, já estão preparando investimentos estratégicos e, a menos que a República Tcheca formula sua própria estratégia clara, corre o risco de perder para outros estados da UE com mecanismos de apoio mais desenvolvidos.