Após as eleições na Venezuela no final de julho, nas quais o atual presidente socialista Nicolás Maduro declarou vitória para mais um mandato, o serviço estrangeiro da União Europeia disse que não reconheceria os resultados porque o governo não divulgou os registos de votação de apoio das assembleias de voto.
A contestada declaração de vitória do autoritário Maduro provocou protestos massivos da oposição e uma violenta repressão governamental que deixou mais de duas dezenas de pessoas mortas e quase 200 feridas.
Mais tarde, o candidato presidencial González — que fugiu para Madrid durante a repressão — foi reconhecido pelo Parlamento Europeu como o líder legítimo do país.
O Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento foi nomeado em homenagem a Andrei Sakharov, o físico e dissidente político soviético. Os candidatos pré-selecionados são tradicionalmente convidados para a cerimónia de entrega de prémios do Parlamento, que se realiza durante a sessão plenária de dezembro, em Estrasburgo.
Os outros dois candidatos na lista eram Gubad Ibadoghlu, um dissidente azerbaijano preso e crítico da indústria de combustíveis fósseis que foi nomeado pelos Verdes; e as organizações de paz israelenses e palestinas Women Wage Peace e Women of the Sun, que foram indicadas pelos Socialistas e pelo grupo Renew.
A oposição democrática da Venezuela também ganhou o prêmio em 2017.