A ICEYE é uma pequena empresa — fundada em 2014 e com apenas cerca de US$ 100 milhões em receita no ano passado, mas possui uma rede de mais de 30 pequenos satélites de vigilância — cada um pesando menos de 100 quilos.
Os satélites são equipados com sensores de radar de abertura sintética (SAR) que espalham micro-ondas e então medem os sinais que ricocheteiam de volta. Isso os torna utilizáveis à noite e em mau tempo, diferentemente dos sensores ópticos. Com um aumento de poder computacional, os satélites podem processar imagens com precisão de cerca de 50 centímetros.
Qualquer nova rede de espionagem orbital incluiria satélites SAR, bem como sensores ópticos básicos e sistemas capazes de captar sinais eletromagnéticos, como os de um telefone celular.
Esses sistemas combinados oferecem a capacidade de cobrir quase cada centímetro do mundo — algo que está em demanda crescente por parte de militares e governos, especialmente devido à deterioração do ambiente de segurança causada pela invasão da Ucrânia pela Rússia e às crescentes tensões com a China.
“Ser capaz de ver algo a cada hora permite que você leve isso a outro nível”, disse Modrzewski sobre os benefícios da observação da Terra de alta intensidade. “Não são mais as agências de espionagem que poderiam usá-la, seriam os líderes de esquadrão e os médicos também.”
Startup espacial
A ideia do ICEYE surgiu de um projeto chamado Aalto-1, parte de uma joint venture lançada há uma década entre a Aalto Business School, nos arredores de Helsinque, e a Universidade de Stanford, que foi projetada para usar a tecnologia SAR para monitorar gelo — daí o nome.