“Acredito que há dois anos, antes de o Presidente Macron começar a falar comigo, ele tinha… uma opinião”, disse Milatović. “Depois de tantas discussões que tive com ele”, porém, Macron estava agora “otimista… sobre a posição do Montenegro na UE”.
“E acredito que este seja o caso também de todos os outros líderes da UE”, acrescentou Milatović. “Montenegro é agora visto como um favorito. Mas… quero ver o fim da corrida, de certa forma.”
Outro potencial obstáculo é a dependência do país de turistas e investidores russos. Montenegro ainda não introduziu vistos para os russos, que podem entrar no país sem visto durante 30 dias, e os russos continuam a ser os maiores investidores estrangeiros.
“O que estamos a tentar fazer é adiar (os vistos) o máximo que pudermos, para que continuemos a manter vivo o nosso sector do turismo”, disse Milatović, acrescentando que estava “absolutamente” preocupado com o influxo de dinheiro russo. “Estamos um pouco num vácuo agora porque… não temos acesso total aos fundos da UE.” Dito isto, Montenegro alinhará o seu regime de vistos com o da UE “muito em breve”, disse ele.
Em última análise, embora grande parte da responsabilidade recaia sobre Podgorica para unir as suas forças políticas e realizar as reformas prometidas, a UE também precisa de provar que “o alargamento está vivo” e que “as reformas compensam”, alertou Milatović.
“O último país que entrou foi a Croácia, há mais de 10 anos. E entretanto, o Reino Unido saiu”, disse Milatović. “É por isso que acredito que agora é o momento de reavivar o processo, de também reavivar um pouco a ideia da UE como um clube que ainda tem uma gravidade em relação a isso.”
