A gigante energética russa Lukoil anunciou na quinta-feira que venderá seus ativos internacionais a uma empresa com sede na Suíça em resposta às duras sanções dos EUA.
A Lukoil anunciou no início desta semana que encerraria suas operações internacionais depois de ser atingida por sanções do presidente dos EUA, Donald Trump. Num comunicado divulgado na quinta-feira, a empresa afirmou que a venda do seu portfólio, à empresa de comércio de energia Gunvor, com sede na Suíça, “se deve a medidas restritivas de alguns estados introduzidas contra a empresa e as suas subsidiárias”.
A Gunvor, com sede em Genebra, foi cofundada pelo bilionário russo Gennady Timchenko, um aliado próximo do presidente russo, Vladimir Putin. Timchenko vendeu sua participação na empresa em 2014, quando foi atingido por sanções pela invasão russa da Crimeia.
As sanções dos EUA, anunciadas em 22 de outubro, foram “resultado da falta de compromisso sério da Rússia com um processo de paz para acabar com a guerra na Ucrânia”, afirmou o Tesouro dos EUA. O pacote deu à Lukoil e à empresa russa de petróleo e gás Rosneft, juntamente com as suas subsidiárias, apenas um mês para encerrar os seus negócios no estrangeiro ou enfrentar pesadas penalidades.
A Lukoil opera atualmente cerca de 5.000 postos de gasolina em todo o mundo e, juntamente com a Rosneft, é responsável por cerca de dois terços das exportações de petróleo bruto de Moscovo.




