Política

Lituanos protestam enquanto líder do partido acusado de anti-semitismo se prepara para ingressar no governo

Os protestos ocorreram após a primeira sessão do parlamento lituano, durante a qual os novos membros do parlamento tomaram posse. Quando Žemaitaitis prestou juramento, liberais e conservadores deixaram a sala.

Entretanto, os manifestantes do lado de fora apelaram ao governo para excluir Nemunas Dawn da coligação.

“Estamos nos reunindo para mostrar que há pessoas que acreditam que deve haver linhas vermelhas e critérios de decência na política. Uma delas é a tolerância zero ao antissemitismo”, afirmaram os organizadores em comunicado.

Ao formar uma coligação com Nemunas Dawn, os sociais-democratas voltaram atrás na sua promessa eleitoral de não o fazer.

O presidente da Lituânia, Gitanas Nausėda, anteriormente chamou a coligação de “um erro” e prometeu que não nomeará ministros propostos por Nemunas Dawn, o que está sob a sua alçada quando aprovar o governo.

Gintautas Paluckas, que deverá tornar-se primeiro-ministro, disse que os manifestantes estão a contestar os resultados eleitorais e que não vê qualquer razão racional para protestar contra a coligação.

Cerca de 30 ONG lituanas também assinaram uma carta instando os sociais-democratas a retirarem o Nemunas Dawn da coligação, dizendo que o partido teria um impacto negativo nos direitos humanos, na democracia e na segurança nacional. Autoridades dos EUA, da Polónia e da Alemanha também criticaram a coligação recém-formada.

O novo governo deverá tomar posse em dezembro.