O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que toma posse em 20 de janeiro, quer que os aliados da OTAN aumentem os seus gastos com defesa para mais do dobro da meta atual de 2% do produto interno bruto, informaram o Financial Times e o Telegraph na sexta-feira.
De acordo com os relatórios, a equipa de Trump disse às autoridades europeias que o novo presidente americano espera que os membros da aliança militar aumentem os seus gastos com defesa para 5% do PIB.
Mitsotakis se recusou a citar um número específico ao responder à pergunta de um repórter sobre o assunto. “Será mais de 2 por cento. Mas não vamos colocar um número nisso, porque todos temos as nossas considerações nacionais e não devemos esquecer que trabalhamos num quadro europeu”, afirmou.
“Precisamos de analisar todos os meios pelos quais avançamos colectivamente a defesa europeia”, acrescentou Mitsotakis. “Ainda temos de convencer o nosso parceiro transatlântico de que levamos a sério a nossa própria segurança porque precisamos do nosso parceiro transatlântico no quadro da NATO.”
Os membros europeus da NATO estão sob crescente pressão para aumentar os gastos com defesa, especialmente à luz da invasão em curso da Ucrânia por Moscovo e da ameaça do presidente russo, Vladimir Putin, de atacar aqueles que apoiam Kiev. O novo secretário-geral da NATO, Mark Rutte, disse no início deste mês que os membros da aliança devem gastar “muito mais” na defesa do que 2% do PIB.
A cimeira Norte-Sul em Saariselkä, Finlândia, foi convocada pelo primeiro-ministro finlandês Petteri Orpo. Os participantes incluíram o primeiro-ministro italiano Giorgia Meloni, o primeiro-ministro sueco Ulf Kristersson e a chefe de política externa da UE, Kaja Kallas.