Bahçeli sempre se autodenominou inimigo jurado do PKK e a sua oferta foi um choque.
Mas o líder preso parece disposto a trabalhar com Bahçeli e Erdoğan, de acordo com uma declaração no domingo do partido pró-curdo DEM, após uma visita a Öcalan no dia anterior.
“Possuo a competência e a determinação necessárias para contribuir positivamente para o novo paradigma apoiado pelo Sr. Bahçeli e pelo Sr. Erdoğan”, disse Öcalan na declaração do Partido DEM. “Estou pronto para tomar as medidas positivas necessárias e tomar a decisão necessária”, acrescenta o comunicado.
Erdoğan sinalizou estar ciente da medida de Bahçeli, dizendo num discurso televisionado na quarta-feira: “Esperamos que esta janela de oportunidade única que a coligação governante está a oferecer para acabar com o terror não seja sacrificada a agendas pessoais”.
Öcalan acrescentou na sua declaração que “os recentes incidentes” em Gaza e na Síria mostram que a “resolução desta questão… não pode mais ser adiada”. O presidente sírio, Bashar Assad, foi recentemente deposto do país após anos de regime autoritário brutal.
Destacando a volatilidade que rodeia a Turquia e os Curdos, cinco pessoas foram mortas num ataque na sede da Indústria Aeroespacial Turca, em Ancara, apenas um dia após as declarações de Bahçeli em Outubro.
O ministro do Interior turco disse então que era “altamente provável” que os perpetradores fossem membros do PKK, que é classificado como organização terrorista pela Turquia, pelos EUA e pela UE.