Sua posição sobre imigração pode ser crítica para garantir pelo menos apoio tácito da extrema direita no parlamento. Barnier está no partido Republicano de direita e propôs no passado “pôr um fim à imigração não europeia por três a cinco anos”, uma posição próxima à da própria Le Pen.
“É inegável que Michel Barnier parece ter a mesma posição que nós sobre migração”, disse Le Pen ao diário francês.
O apoio implícito do líder de extrema direita — ou pelo menos a não rejeição — importa por causa da aritmética eleitoral no novo parlamento francês, que é amplamente dividido entre esquerda, direita e centro. A escolha de Macron para o primeiro-ministro precisa ser capaz de sobreviver a um voto de desconfiança.
O grupo de esquerda, a Nova Frente Popular, já rejeitou a nomeação de Barnier, com o maior partido da aliança, o movimento França Insubmissa de Jean-Luc Mélenchon, acusando que a “eleição foi roubada”. No entanto, o Partido Socialista mais moderado até agora se recusou a participar dos recentes protestos de rua, talvez abrindo caminho para o apoio ao primeiro-ministro.