Antes da reunião, Kurti falou positivamente sobre a perspectiva de uma parceria entre o seu país e o Reino Unido, que as autoridades deverão discutir à margem da reunião de quarta-feira.
Ele disse numa reunião privada: “Queremos ajudar o Reino Unido – consideramos que esse é o nosso dever amigável e político. Temos capacidade limitada, mas ainda queremos ajudar, e enquanto falamos há comunicação regular entre as nossas equipas de funcionários estatais do nosso ministério dos assuntos internos e advogados sobre como fazer isto sem problemas para benefício mútuo”.
Ele disse que, em troca, o Kosovo procuraria uma maior cooperação em segurança, especificando que os dois lados ainda estavam a trabalhar nos detalhes, “mas penso que isto terá um resultado positivo”.
Referindo-se ao papel da Grã-Bretanha nos esforços para acabar com a guerra da Bósnia na década de 1990, Kurti acrescentou que o seu país tinha a obrigação de ajudar “porque nos ajudou muito e nunca esquecerá isso”.
As autoridades do Reino Unido confirmaram que estavam em conversações com os seus homólogos sobre potenciais centros de regresso, mas sublinharam que se tratava apenas de uma proposta entre várias que estão a ser exploradas.
Starmer já manifestou entusiasmo pela ideia de garantir um acordo bilateral para processar pessoas que esgotaram todas as suas opções para permanecer no Reino Unido, mas não confirmou conversações activas com nenhum país.
Os centros de migração foram recentemente discutidos numa reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros dos Balcãs Ocidentais no Castelo de Hillsborough, em Belfast, e os analistas apontaram o Kosovo como uma das opções mais atraentes para um acordo.
O Kosovo procuraria provavelmente um apoio diplomático mais forte do Reino Unido face às ameaças da Sérvia, repelindo a influência russa e protegendo as suas próprias fronteiras.
