Os dados confidenciais, que teriam sido vendidos a clientes ou usados para chantagear empresários e políticos, incluindo a ex-prefeita de Milão Letizia Moratti, remontavam pelo menos a 2019 e continuaram até março de 2024, mostrou um documento judicial visto pela Reuters.
Os promotores de Milão alegam que a agência de inteligência empresarial explorou três bancos de dados principais: um que coletava alertas sobre atividades financeiras suspeitas; um usado pela agência tributária nacional com transações bancárias, contas de serviços públicos e declarações de rendimentos dos cidadãos; e o banco de dados de investigações policiais.
De acordo com documentos do promotor, um dos suspeitos, Nunzio Samuele Calamucci, tinha uma “enorme quantidade de dados para gerenciar, equivalente a pelo menos 15 terabytes”.
O procurador antimáfia do país, Giovanni Melillo, disse na conferência de imprensa que o caso revelou “um mercado gigantesco e alarmante de dados confidenciais”.