Política

Hungria provoca aliados ocidentais: falaremos com quem quisermos

No entanto, Szijjártó continuou a promover a política no seu discurso principal na quinta-feira, dirigindo-se ao público da conferência em russo.

No seu discurso de 14 minutos, Szijjártó não mencionou nenhuma vez a Ucrânia, nem falou especificamente sobre a guerra – dizendo apenas que “a Europa e a Hungria enfrentam um dos conflitos mais graves desde a Segunda Guerra Mundial”. Em vez disso, sublinhou a importância da “cooperação euroasiática” e da “unidade na região euroasiática”.

Após o seu discurso principal, Szijjártó manteve conversações com Lavrov. De acordo com a sua declaração em vídeo, Budapeste quer aumentar a cooperação económica “racional” com Moscovo em áreas “não condenadas por sanções”, especialmente no sector da energia.

Ele também manteve conversações com o ministro das Relações Exteriores da Bielorrússia, Maxim Ryzhenkov, com quem o ministro húngaro também fez uma declaração à imprensa.

“Acreditamos que o mundo está a ir por água abaixo quando algumas pessoas querem dizer aos outros quem pode falar com quem, quem pode encontrar-se com quem e quem não pode. Temos o direito soberano de negociar com quem quisermos”, disse Szijjártó à imprensa.

O ministro dos Negócios Estrangeiros disse que é do “interesse nacional” da Hungria aumentar a cooperação com a Bielorrússia, o que foi elogiado pelo seu colega bielorrusso: “Estávamos a pensar dar-lhe um escritório aqui, já que viaja muito para Minsk”, disse Ryzhenkov.