No mês passado, a Hungria pediu à UE que obrigasse a Ucrânia a recuar em relação às sanções, que ela alega serem uma chantagem energética. A UE, no entanto, recusou-se a se envolver, indicando que havia várias opções para garantir que o petróleo ainda fluiria.
Agora, Gulyás está pedindo que Kiev aprove um novo plano que faria com que os produtos da Lukoil fossem simplesmente comercializados com outra empresa na fronteira antes de passar pela Ucrânia.
“Assim que pudermos assinar os contratos com o lado ucraniano, eles entrarão em vigor”, disse ele. O acordo significaria pagar um adicional de $1,50 por barril para garantir o trânsito fora dos acordos anteriores.
Respondendo a uma pergunta do POLITICO, o ministro da energia da Ucrânia, German Galushchenko, se recusou a se comprometer a apoiar o plano, mas disse que Kiev “veria se receberia alguns pedidos de negociação dos húngaros”.
A proposta não é totalmente nova e pode já estar em uso informalmente, afirmam especialistas.
“A MOL propôs isso no primeiro dia da crise”, disse Martin Vladimirov, diretor do programa de energia e clima do Center for the Study of Democracy. De acordo com Vladimirov, a proposta será difícil de ser rejeitada por Kiev enquanto outros fornecedores de petróleo russo puderem movimentar seus produtos pelo país.