As conclusões levantam novas questões sobre o controverso financiamento e cooperação de Bruxelas no controlo de migrantes com o país do Norte de África, antes das reuniões entre responsáveis da UE e as delegações rivais da Líbia Oriental e Ocidental em Varsóvia e Bruxelas esta semana.
Alguns legisladores da UE estão a instar a Comissão Europeia a cortar totalmente a sua parceria com Trípoli. Numa carta dirigida aos comissários para a migração e o Mediterrâneo, vista pelo POLITICO na segunda-feira, um grupo de eurodeputados cita “graves violações dos direitos humanos, incluindo tráfico de seres humanos, trabalho forçado, fome, violência sexual e tortura” por parte das autoridades líbias.
O apoio da UE “encorajou (a Guarda Costeira da Líbia) a cometer mais abusos”, afirma a carta, apelando à suspensão imediata do financiamento da UE às forças de segurança da Líbia e ao redireccionamento do apoio para a sociedade civil e os intervenientes da ONU.
O apelo dos legisladores segue-se a um apelo conjunto de várias ONG em Setembro para que Bruxelas suspenda os laços após vários ataques no mar.
Os responsáveis da UE defenderam a cooperação com as autoridades líbias como “necessária” para salvar vidas no mar, e a Comissão rejeitou os apelos para acabar com o envolvimento com o país do Norte de África.
A Líbia – um importante centro de trânsito para migrantes de África, Médio Oriente e Ásia Central – tem estado politicamente fraturada desde que o governante Moammar Gadhafi foi deposto em 2011. O país é governado em grande parte por duas facções: um governo reconhecido pela ONU em Trípoli, no oeste da Líbia, e um governo separado, alinhado com a Rússia, em Benghazi, no leste.




