Empurrar Kavelashvili – que não tem ensino superior e é antiocidental apesar de sua carreira no futebol lá – para a presidência “foi uma farsa”, disse a eurodeputada lituana Rasa Juknevičienė no X. Ela visitou a Geórgia esta quinta-feira com uma delegação do Parlamento Europeu. “Exatamente como na Rússia, Bielorrússia e outras autocracias.”
Os meios de comunicação locais noticiaram que os manifestantes permaneceram fora do parlamento, manifestando o seu protesto pelo facto de a votação pública habitual, realizada pela última vez em 2018, ter sido substituída pelo método do colégio eleitoral e de o domínio do Georgian Dream no parlamento se ter baseado em eleições parlamentares injustas no final de Outubro.
A Geórgia tem vivido convulsões políticas há meses, inclusive quando o sonho georgiano do primeiro-ministro Irakli Kobakhidze venceu as eleições contestadas. Zourabichvili chamou a eleição de “fraudulenta”.
Desde então, o governo retirou o país do processo de adesão à União Europeia, causando manifestações massivas em Tbilisi e noutras cidades. Manifestantes e activistas foram vítimas de violência, detenções arbitrárias e outras tácticas de intimidação.
“Pedimos ao Georgian Dream que diminua a escalada e ponha fim a este ambiente que acarreta graves custos para o povo georgiano”, disse a UE na terça-feira, apelando ao respeito pelos desejos do povo georgiano de se tornar membro do bloco. A Ucrânia e vários países da UE impuseram sanções ao governo georgiano este mês.
Kobakhidze afirmou no sábado que o seu governo está “pronto para fazer qualquer coisa para tornar a Geórgia um membro” da UE.
O Georgian Dream também introduziu uma lei de agentes estrangeiros ao estilo da Rússia, que gerou protestos no início de 2024 e duras repreensões de Zourabichvili.