“A lei que estou assinando não reflete ideias e ideologias atuais, temporárias e em mudança, mas é baseada no bom senso, na experiência histórica e em valores cristãos, georgianos e europeus seculares”, escreveu Papuashvili nas redes sociais.
Ele acrescentou que esperava que a lei “causasse críticas de alguns parceiros estrangeiros”, mas disse que os georgianos “nunca tiveram medo” de seguir a sua “fé, bom senso e lealdade ao país”.
O principal diplomata da UE, Josep Borrell, alertou no mês passado que a aprovação de tal lei “mina os direitos fundamentais do povo georgiano” e “atrapalharia” as esperanças da Geórgia de aderir à UE.
Ao país do Sul do Cáucaso foi concedido o estatuto de candidato à UE no final de 2023, embora a sua candidatura de adesão tenha sido congelada em Junho, após a introdução de uma lei sobre “agentes estrangeiros” que reflecte a legislação da vizinha Rússia, destinada a esmagar a dissidência e a restringir a sociedade civil.
A lei anti-LGBTQ+ também ecoa a legislação da Rússia, que proíbe representações de “relações sexuais não tradicionais” desde 2013. O governo do presidente russo, Vladimir Putin, apresentou no ano passado uma moção no Supremo Tribunal do país para proibir “o movimento LGBT internacional” como extremista.
O partido no poder da Geórgia aproximou-se de Moscovo e afastou-se do Ocidente, o que levou o Departamento de Estado dos EUA a impor restrições de viagem aos principais políticos do Sonho Georgiano, que disse serem “cúmplices em minar a democracia na Geórgia”.