Política

Geórgia freia tentativa de adesão à UE

Kobakhidze disse que a decisão do governo georgiano visa mostrar “aos políticos e burocratas europeus, completamente desprovidos de valores europeus, que a chantagem não é a forma de abordar a Geórgia, mas o respeito é”.

“Somos uma nação orgulhosa e que se preza, com uma história rica; portanto, é categoricamente inaceitável ver a integração na UE como um ato de misericórdia”, disse Kobakhidze.

Kobakhidze observou ainda que a Geórgia se tornará membro da UE “com dignidade, e não através da mendicância”. Para o efeito, o país continuará a cumprir as obrigações decorrentes do Acordo de Associação com o bloco, embora sem financiamento da UE, segundo o primeiro-ministro.

A Geórgia obteve o estatuto de país candidato à UE em Dezembro passado, sob a condição de implementar reformas. No entanto, a liderança do país tem enfrentado desde então críticas do bloco por um pivô autoritário.

Em Maio, o partido governante Georgian Dream adoptou uma lei de estilo russo sobre “agentes estrangeiros”, amplamente considerada como uma ferramenta para silenciar a sociedade civil.

Além disso, as recentes eleições parlamentares, nas quais o Georgian Dream reivindicou a vitória, foram marcadas por violência e irregularidades. Os observadores internacionais não os declararam livres e justos. Grupos de oposição pró-Ocidente, bem como o presidente da Geórgia, contestaram os resultados, provocando protestos nas ruas.

Uma resolução adotada pelo Parlamento Europeu na quinta-feira apelou à UE para impor sanções aos principais políticos do Georgian Dream.