A lei recém-escrita afirma que “qualquer ato sexual não consensual… constitui agressão sexual”.
O consentimento deve ser “livre e informado”, dado para um ato específico antes de ele ocorrer, e deve ser “revogável”, acrescenta.
Crucialmente, afirma-se explicitamente que o consentimento não pode ser “inferido apenas do silêncio ou da falta de reação da vítima”.
Véronique Riotton, uma legisladora centrista que foi coautora do projeto de lei e escreveu um relatório sobre o assunto em 2023, disse ao POLITICO que a aprovação do projeto foi um “momento positivo”, provando que o parlamento ainda pode avançar em questões importantes, apesar do impasse político que atualmente paralisa a França.
Vários legisladores tentaram aprovar legislação semelhante nos últimos anos, mas a questão atraiu pouca atenção até o caso de Pelicot. Em 2022, uma proposta da Comissão Europeia para exigir que todos os países membros classificassem qualquer sexo não consensual como violação foi retirada de um amplo projecto de lei sobre violência contra as mulheres devido à oposição de vários países, incluindo a França.
O presidente francês, Emmanuel Macron, esclareceu mais tarde que apoia a redefinição jurídica, mas não a vê como uma prerrogativa europeia.




