A reunião matinal dos ministros da UE também contou com a presença do Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba. Um funcionário familiarizado com as negociações disse ao POLITICO que Kuleba havia informado seus colegas que “todos os sinais apontam” para a Rússia continuar com seu recente ataque de mísseis contra a Ucrânia. O chefe diplomático da Ucrânia, informou o funcionário, pediu aos ministros da UE que permitissem que a Ucrânia mirasse instalações na Rússia, ao mesmo tempo em que disse que a proposta não deveria ser considerada uma escalada.
O apelo de Kuleba e a defesa anterior de Borrell de dar carta branca a Kiev no uso de seus armamentos doados pelo Ocidente foram apoiados na reunião pela França, Suécia, Letônia, Holanda e Polônia, disse a autoridade, com vários observando que o direito internacional não proíbe um país de entrar no território de um agressor para se defender.
No campo do “não”, a Eslováquia, liderada pelo governo favorável a Moscou de Robert Fico, lamentou que a reunião não tenha sido realizada em Budapeste.
Borrell também disse que propôs que os países da UE impusessem sanções a alguns ministros israelenses por “mensagens de ódio inaceitáveis” contra os palestinos que, segundo ele, eram contra o direito internacional.
“Acho que a União Europeia não deveria ter tabus para usar nossa caixa de ferramentas a fim de fazer com que o direito humanitário (seja) respeitado. Mas não é minha decisão. Só tenho a capacidade de propor; os estados-membros decidirão”, disse ele.
Nenhuma das propostas foi bem recebida pela Hungria.