“Os nossos negociadores nunca tinham visto isto antes em quaisquer conversações internacionais”, disse um responsável europeu, que falou com os negociadores. “Pessoas sendo convocadas à Embaixada dos EUA em Londres – intimidação, ameaças de cessação de negócios, ameaças de familiares perderem vistos.”
Outro funcionário da Comissão Europeia acrescentou que Os diplomatas regressaram a casa abalados após as reuniões: “Recebemos feedback de várias pessoas envolvidas nas negociações sobre a pressão que enfrentaram”.
Desde o regresso de Donald Trump ao cargo, a administração tem procurado minar a política climática global e promover os interesses dos EUA em matéria de combustíveis fósseis. O presidente classificou os esforços para combater o aquecimento global como uma “fraude”. Ele ficou particularmente furioso com o esforço de emissões marítimas, dizendo que iria atingir os carregadores americanos com impostos injustificados.
A Organização Marítima Internacional é uma agência da ONU que regula a indústria naval mundial; as medidas tomadas lá são aplicadas pelos seus 176 estados membros – quase todas as nações do planeta com litoral. A UE não é membro, mas a Comissão Europeia e a grande maioria dos países da UE foram os primeiros a apoiar a medida do imposto sobre o carbono.
A estratégia dos EUA foi apresentada publicamente antes da reunião, com um comunicado de imprensa assinado pelos secretários de Estado, Transportes e Energia dos EUA. Além das ameaças de tarifas, taxas portuárias e restrições de vistos às tripulações, os EUA disseram que também iriam considerar “sanções contra funcionários que patrocinam políticas climáticas orientadas por activistas”.
Apenas dois membros da UE romperam com o bloco: os principais países marítimos, Chipre e a Grécia, tendo esta última alegado que a sua escolha não teve nada a ver com a pressão dos EUA.




