No início desta semana, os ministros da energia de 27 países membros concordaram, por maioria qualificada, com uma eliminação progressiva do gás russo, contra as objecções da Eslováquia e da Hungria. A Eslováquia prometeu suspender o pacote de sanções, a menos que recebesse garantias sobre como combater os elevados preços da energia e ajudar as indústrias pesadas, como a automóvel.
A Áustria e a Hungria também expressaram preocupações sobre o pacote de sanções, mas levantaram o seu veto nos últimos dias. A Eslováquia foi o último país a bloquear as novas restrições – e procurou concessões na declaração a ser acordada na cimeira dos líderes da UE de quinta-feira, em Bruxelas.
“Todas as nossas exigências… foram incluídas (na declaração)”, confirmou um diplomata eslovaco ao POLITICO.
A cimeira procurará sublinhar o apoio da UE à Ucrânia, à luz da pressão do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre Kiev para ceder território à Rússia. Espera-se que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, participe de partes da reunião em Bruxelas.
Espera-se que os líderes enfatizem a necessidade de atingir ainda mais Moscovo com sanções pesadas devido à sua guerra contra a Ucrânia. Os gastos com a defesa, bem como a utilização de activos russos congelados para apoiar Kiev estão todos na agenda.
O pacote de sanções também expandirá significativamente o número de empresas não russas proibidas de fazer negócios com o bloco, numa tentativa de impedir que Moscovo contorne as restrições.




