Essas propostas deverão ser discutidas num Conselho dos Negócios Estrangeiros no Luxemburgo, em 20 de Outubro, e numa cimeira de líderes em Bruxelas, em 23 de Outubro. Apesar disso, os projectos de documentos revelam que ainda não foi alcançado qualquer consenso.
Em comentários ao POLITICO, o Ministro dos Negócios Estrangeiros belga, Maxime Prévot – cujo país tem pressionado por uma posição mais dura em relação a Israel – disse que era “lamentável” que a UE tenha demorado mais de dois anos a apresentar medidas.
“A credibilidade da política externa da UE foi seriamente abalada”, afirmou. “Para muitos cidadãos, ainda é difícil compreender por que razão a UE é incapaz de tomar decisões firmes.”
A Alemanha, a Hungria e um punhado de outras delegações opuseram-se consistentemente à implementação de sanções, embora tenha havido um amplo acordo a nível político e uma declaração conjunta da UE apoiando medidas contra colonos acusados de violações dos direitos humanos.
Na sequência do anúncio de que o Hamas e Israel tinham “assinado a primeira fase” de um pacto para acabar com a guerra, a porta-voz da Comissão Europeia, Paula Pinho, deu esta semana a entender que o bloco poderia mudar a sua posição.
As sanções foram “propostas num determinado contexto e, se o contexto mudar, isso poderá eventualmente levar a uma alteração da proposta”, disse ela.
Segundo os diplomatas que falaram ao POLITICO, a Comissão actualmente não pretende retirar o plano, mesmo que a perspectiva de um cessar-fogo duradouro o tenha lançado na incerteza.




