Saúde

Comissão dá luz verde à proibição de cigarros eletrónicos descartáveis ​​em França

A Comissão Europeia aprovou na quarta-feira (25 de setembro) uma decisão do governo francês de proibir os cigarros eletrónicos descartáveis, marcando um passo significativo nos seus esforços para reduzir o desperdício e refrear a vaporização entre os jovens.

Em 26 de março de 2024, a França notificou Bruxelas de uma proposta de lei para proibir os dispositivos vaping descartáveis, e o executivo da UE deu luz verde, numa decisão tornada pública na quarta-feira.

“É uma medida destinada a enfrentar os riscos significativos para a saúde decorrentes do consumo de cigarros eletrónicos descartáveis ​​que contêm nicotina, uma substância tóxica que é altamente viciante”, afirma a decisão.

O executivo da UE também destacou que o projeto de lei abordaria o risco ambiental representado pelos cigarros eletrónicos descartáveis, uma vez que geram plástico não reciclável e resíduos eletrónicos, como o lítio nas suas baterias.

A Comissão também deu luz verde a uma lei belga semelhante em março. Tanto a Alemanha como a Irlanda estão a trabalhar numa legislação para proibir este tipo de cigarro eletrónico descartável.

Em dezembro de 2023, os legisladores franceses votaram a favor de um projeto de lei que proíbe os cigarros eletrónicos descartáveis, que foi então adotado em fevereiro pelo Senado.

Para cumprir a legislação europeia, especialmente a Diretiva dos Produtos do Tabaco (Diretiva 2014/40/UE), a França precisava de receber luz verde da Comissão para implementar as suas novas disposições.

A ex-ministra da Saúde francesa, Catherine Vautrin, pediu à UE que confirmasse a decisão do seu país, dizendo: “A luta contra o tabagismo deve continuar”. Bruxelas teve seis meses para tomar a decisão.

Os cigarros eletrônicos descartáveis ​​são coloridos e possuem diversos sabores – como maracujá, algodão doce ou menta – o que os torna atraentes para os mais jovens. OO governo está preocupado com o facto de a vaporização levar ao consumo de cigarros.

Em França, 15% dos adolescentes já usaram um cigarro eletrónico descartável e 47% deles iniciaram a iniciação à nicotina através deste dispositivo, de acordo com um inquérito da ACT-Alliance, contre le tabac (Aliança Contra o Tabaco), publicado em novembro passado.

“A proibição eliminaria o acesso a estes produtos, reduzindo assim o risco de dependência e dependência da nicotina, especialmente entre os jovens”, afirma a decisão.

A UE, no entanto, rejeitou a proibição de cigarros eletrónicos contendo nicotina que podem ser recarregados com líquido e possuem uma bateria não recarregável.

O presidente francês Emmanuel Macron deve agora aprovar a lei.

(Editado por Rajnish Singh)