O acordo mediado pelos EUA, Catar e Egito tem três fases, conforme noticiado pelo jornal israelense Haaretz. A primeira fase assistirá à libertação escalonada de 33 reféns detidos pelo Hamas em Gaza e de mais de 700 palestinianos detidos em prisões israelitas.
Mais de 1.100 residentes de Gaza “que não estiveram envolvidos nos acontecimentos” de 7 de outubro e que estão sob custódia também serão libertados, segundo o governo israelense. As tropas israelitas retirar-se-ão gradualmente de Gaza, permitindo o fluxo de ajuda internacional, afirmou.
O Gabinete de Israel ratificou o acordo nas primeiras horas de sábado, apesar da oposição de ministros de extrema direita que ameaçaram inviabilizar o processo. O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse em comunicado que a primeira troca de prisioneiros ocorreria “já no domingo”.
As negociações para a segunda fase deverão começar no dia 16 do cessar-fogo. As conversações incluiriam a discussão sobre o fim permanente dos combates, a retirada total das forças armadas de Israel e a libertação dos restantes reféns.
A terceira fase envolveria o regresso dos reféns mortos e o início de um grande esforço de reconstrução em Gaza, que foi devastada pela guerra. Mais de 46 mil palestinos foram mortos nos últimos seis meses e quase 2 milhões foram deslocados à força. Quase 60 por cento dos edifícios em Gaza foram destruídos em Novembro de 2024.