No ano passado, o líder socialista do partido Pedro Nuno Santos optou por colaboração construtiva e ordenou que seu partido se abstenha em votos críticos, o que permitiu que o Montenegro formasse um governo minoritário e, mais tarde, aprovasse uma lei de orçamento crucial.
As relações entre os dois principais partidos azedaram após a falha na votação de confiança de março passado, e não está claro se a esquerda do centro estará disposta a permitir que o centro-direita governasse desta vez.
A Constituição de Portugal não estabelece um prazo para a formação de um novo governo, nem inclui nenhuma cláusula que forçaria a dissolução do Parlamento se os legisladores não conseguirem confirmar um novo primeiro -ministro.
A Constituição, no entanto, proíbe as eleições instantâneas dentro de seis meses após a votação e durante os últimos seis meses de um mandato presidencial. Dado que o presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa termina em março de 2026, a primeira eleição nacional pode ser realizada é no final da primavera do próximo ano.
Antes da publicação das pesquisas de saída no domingo, o presidente do Partido Socialista, Carlos César, reconheceu que seu partido parecia estar indo para a derrota e disse que os socialistas não pressionariam para formar um governo se finalmente não conseguissem garantir a maior parte dos votos.
“Se os eleitores apoiarem os socialistas, ficaremos muito felizes”, disse César à emissora estadual RTP. “Mas se não o fizerem, temos que respeitar a vontade do povo.”