A Bélgica nomeou Lahbib como sua escolha para a nova Comissão Europeia de Ursula von der Leyen. Ela é conhecida por sua postura dura em relação a Budapeste: durante a presidência belga da UE, por exemplo, Lahbib pediu aos governos da UE que considerassem seguir adiante com um procedimento para retirar da Hungria — que assumiu a presidência em julho — seus direitos de voto.
O governo húngaro anunciou no final de agosto que, se a decisão do Tribunal de Justiça Europeu obrigasse Budapeste a adotar uma política de refugiados de “não detenção”, ele estava preparado para dar a qualquer migrante que tentasse entrar na Hungria uma passagem só de ida para Bruxelas.
Na sexta-feira passada, o vice-ministro do Interior, Bence Rétvári, reiterou a ideia e, para esclarecer a mensagem de Budapeste, realizou uma coletiva de imprensa em frente aos ônibus com destino a Bruxelas.
Nicole de Moor, secretária de Estado de Asilo e Migração da Bélgica, também denunciou a ideia, dizendo que ela “demonstra falta de respeito pelas instituições europeias e pelas políticas comuns”.
A política lembra uma abordagem adotada por vários estados do sul dos EUA, pela qual milhares de recém-chegados foram colocados em ônibus ou aviões para outros estados.