Política

Barnier consegue respirar enquanto a Comissão Europeia diz ‘oui’ ao orçamento francês

Além da aprovação da Comissão, os 27 países da UE ainda têm de ratificar o plano plurianual de despesas da França durante uma reunião de ministros das finanças em Janeiro do próximo ano.

A França teria então um período alargado de sete anos para alinhar a despesa pública com os principais parâmetros da UE. A prorrogação faz parte do quadro fiscal renovado da UE, que permite aos países beneficiar de mais três anos para colocar a sua casa em ordem, desde que concluam um conjunto de reformas pré-acordadas com a Comissão.

Bruxelas pode sancionar os países que não cumpram as alterações prometidas, reduzindo o prazo.

No caso da França, a Comissão concordou com a sua revisão das despesas fiscais, que envolvem isenções e deduções do código fiscal normal que reduzem as receitas públicas globais.

Para garantir o tempo extra, Paris também deve cumprir as suas promessas de diluir a eliminação progressiva de um desconto nas contribuições sociais para pessoas próximas do salário mínimo.

Em resposta à avaliação da Comissão, um funcionário do Tesouro francês disse que se trata de “boas notícias e um sinal de que o plano orçamental do governo está no caminho certo”.

O responsável, a quem foi concedido anonimato para falar livremente, acrescentou que a Comissão rebaixaria a sua avaliação se as reformas previdenciárias altamente controversas da França fossem retiradas do pacote, como está sendo exigido tanto pela extrema-direita como pela extrema-esquerda.

(Giorgio Leali contribuiu para este relatório)