“Se Putin atacar, devemos estar preparados para travar a guerra”, disse Pistorius na entrevista publicada no sábado.
Os comentários do ministro surgem no meio de um impulso para que os membros da NATO aumentem os seus gastos com defesa, com o novo secretário-geral da NATO, Mark Rutte, a afirmar que os membros da aliança precisam de gastar “muito mais” na defesa do que a actual meta de 2 por cento do produto interno bruto.
O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, teria dito às autoridades europeias que deseja que os aliados da NATO gastem 5% do PIB na defesa.
Para garantir esse aumento orçamental, Pistorious disse que seria a favor de uma reforma do travão da dívida da Alemanha, que impõe um limite constitucional ao défice orçamental.
“Penso que é politicamente errado aderir rigidamente ao travão da dívida nesta situação”, disse Pistorius. “Se financiarmos as despesas necessárias para a nossa defesa a partir do orçamento normal, isso estrangula a capacidade de acção do Estado, põe em perigo a segurança social e, assim, fortalece os partidos extremistas”.
O travão à dívida, que foi inscrito na Constituição pela então Chanceler Angela Merkel em 2009, limita o défice orçamental estrutural a 0,35% do PIB em tempos normais. Tem sido cada vez mais criticado por não estar em sintonia com as realidades modernas.
Pistorius também se pronunciou a favor da participação da Alemanha num esforço europeu para enviar forças de manutenção da paz para a Ucrânia – mas sublinhou que tal plano só poderá ser implementado quando a guerra terminar.