“Afinal, dissemos-lhes que devem compreender que, se quiserem impor-nos apagões, faremos o mesmo. Não há segredos aqui”, disse o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, durante uma reunião com vários jornalistas, incluindo o POLITICO, em Kiev, na semana passada.
O objectivo é desenvolver uma capacidade de ataque não nuclear tão forte que a Rússia interrompa os seus próprios ataques à Ucrânia. Isso ainda não aconteceu, mas a Ucrânia pode retaliar os ataques russos de uma forma que não conseguiu fazer durante os primeiros três anos de guerra.
Na sexta-feira, o Kremlin lançou mais de 450 drones e 30 mísseis contra Kiev e outras cidades ucranianas, causando apagões parciais. Só na semana passada, a Rússia lançou mais de 3.100 drones, 92 mísseis e cerca de 1.360 bombas planadoras contra a Ucrânia, a maioria dos quais se dirigiam para alvos de infra-estruturas energéticas.
Mas a Ucrânia está agora a pagar na mesma moeda. Além de bombardear refinarias de petróleo, Kiev atingiu uma usina civil na cidade russa de Belgorod, perto da fronteira com a Ucrânia, no início deste mês, causando apagões.
Zelenskyy disse que faz parte da estratégia de dissuasão de Kiev.
“O inimigo deve arcar com o custo desta guerra. Mas não matamos civis”, disse Zelenskyy.




