A Academia Nacional Francesa de Medicina agora saiu a favor da teoria do vazamento de laboratório para explicar a origem do Covid-19.
Essa posição acrescenta peso à teoria já apoiada pela inteligência alemã e pela CIA americana, ambas concluíram nas últimas semanas que a pandemia SARS-CoV-2 se originou de um vazamento em um laboratório chinês em Wuhan.
Em janeiro passado, uma investigação sob o governo Biden – também apoiando a teoria do acidente de laboratório – foi tornada pública. Em março, a mídia alemã relatou que seus serviços de inteligência nacional também haviam concluído que um vazamento de laboratório era a origem mais provável da pandemia Covid-19.
O relatório da academia francesa, apoiando a teoria do acidente de laboratório, foi adotada por 97% de seus membros.
Em seu relatório, a Academia também destaca que a teoria de um vírus geneticamente manipulado vazando de um laboratório foi levantada pela primeira vez em fevereiro de 2020 por várias equipes especializadas em coronavírus.
Enquanto o relatório enfatiza que essa é apenas uma teoria, a instituição francesa acredita que existe “um corpo de fatos e argumentos” que a apoia – particularmente um projeto envolvendo o Instituto de Virologia Wuhan e as equipes dos EUA, o que pode ter resultado na pandemia global.
No entanto, algumas áreas cinzentas permanecem devido à opacidade das autoridades chinesas, que demonstraram pouca vontade de divulgar detalhes ou conclusões de suas investigações. Além disso, a teoria do vazamento de laboratório continua a competir com a hipótese de que o SARS-CoV-2 transmitiu naturalmente de morcegos para humanos.
A possibilidade de transmissão através de uma civeta – um mamífero pequeno, peludo e de olhos arregalados – também foi criado pelo Centro Nacional de Pesquisa Científica (CNRS) da França.
“O relatório não se destina a alimentar controvérsias estéreis ou acusatórias, nem bloquear pesquisas realizadas na França – especialmente pesquisas envolvendo manipulação genética, que podem ser essenciais em muitas áreas da biologia”, enfatizou a academia francesa no preâmbulo de seu relatório.
(aw)
