Procura criar carreiras distintas para juízes e procuradores, acabando com a possibilidade de transitar entre as duas funções, e criar conselhos de governo distintos, um para juízes e outro para procuradores, responsáveis pelas nomeações, promoções, transferências e procedimentos disciplinares nos seus respetivos ramos.
O governo italiano afirma que as mudanças irão melhorar a responsabilização e a eficiência do sistema judicial, mas os críticos – incluindo os partidos da oposição e as associações judiciais – alertam que poderão enfraquecer a independência do Ministério Público e politizar o poder judicial.
Meloni há muito que está em desacordo com o sistema judiciário do país, acusando os magistrados de bloquearem as prioridades do seu governo e de enquadrarem a reforma como parte de uma redefinição institucional mais ampla.
A etapa de quinta-feira foi crucial: ao abrigo da Constituição italiana, as alterações exigem votos múltiplos e a aprovação do Senado marca a etapa parlamentar final. A reforma avança agora para um referendo confirmativo, onde os italianos decidirão o seu destino. Se aprovadas, as alterações entrarão em vigor.
Meloni descreveu a votação como um “marco histórico”, afirmando que tanto o governo como o parlamento “fizeram a sua parte” antes de deixar a decisão final aos cidadãos italianos.
Senadores da oposição do Partido Democrata, do Movimento 5 Estrelas e de outros partidos organizaram protestos na Câmara, alertando contra a concessão do que chamaram de “plenos poderes” ao executivo.




