Política

A proposta de negócios de Olaf Scholz para Bruxelas desencadeia difamação eleitoral

A economia alemã baseada nas exportações sofreria se ficasse presa entre as tarifas de Trump e os subsídios industriais chineses: as empresas do país têm exportações elevadas tanto para os EUA como para a China.

Scholz afirma que as políticas da UE deveriam permitir essas exportações e não irritar os parceiros comerciais. Um exemplo é um planeado imposto fronteiriço sobre carbono na UE, o Mecanismo de Ajustamento de Carbono Fronteiriço (CBAM).

Segundo Scholz, o imposto sobre o carbono precisa de ser reformulado para aumentar a atratividade de produtos com utilização intensiva de energia, como o aço, fabricados na Europa. Tal como está, o CBAM apenas imporia tarifas sobre os produtos recebidos, protegendo as empresas europeias de produtos mais baratos que não cumprem os mesmos padrões.

Entretanto, os fabricantes de automóveis alemães estão altamente expostos ao mercado chinês – o que faz de Berlim um forte opositor às obrigações da Comissão sobre os VE fabricados na China, na sequência de uma investigação anti-subsídios promovida por Paris. Scholz novamente condenou as obrigações em sua carta, pedindo uma solução negociada.

Aliança franco-alemã

Enquanto a França e a Alemanha estão em desacordo sobre as tarifas dos veículos elétricos fabricados na China, Scholz destacou a improvável parceria entre os dois para fazer lobby pelo fim das multas que as montadoras enfrentam este ano caso não consigam atingir as novas metas de emissões.

Uma coligação de países da UE defende a derrogação, incluindo uma proposta da Itália e da República Checa que apela a uma revisão antecipada da legislação abrangente de 2035 que exige a venda de veículos com emissões zero.