Dando o OK
Tanto Berlim quanto Washington mudaram a política de atingir território russo em maio em resposta à ofensiva russa contra a segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkiv. A Ucrânia “tem o direito, garantido pela lei internacional, de se defender contra esses ataques”, disse um porta-voz do governo alemão na época.
A aprovação de Washington em maio foi muito cuidadosamente formulada e limitada a áreas próximas a Kharkiv. Essa não é a mesma área onde as tropas ucranianas avançaram pela fronteira esta semana — em alguns lugares penetrando cerca de 50 quilômetros na Rússia.
Mas os EUA não estão dando muita importância à incursão.
“Obviamente, apoiamos fortemente o esforço da Ucrânia para se defender contra a agressão da Rússia”, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, na quinta-feira, acrescentando: “A política que anunciamos foi permitir que a Ucrânia respondesse a ataques vindos de um pouco além da fronteira russa. E sim, na área onde eles estão operando atualmente, do outro lado da fronteira russa, vimos ataques vindos de lá.”
Ainda não está claro quais são os objetivos de longo prazo da Ucrânia para a ofensiva atual, ou se ela poderá manter o território que capturou.
Mas quatro dias depois de Kiev ter enviado tropas para a região de Kursk, na Rússia, não há sinal iminente de um fim para a luta. Uma coluna russa a caminho de lidar com a incursão ucraniana foi destruída, com vídeos russos mostrando corpos e caminhões queimados.