Cinco diplomatas presentes nas conversações disseram ao POLITICO que Atenas se opôs a uma única passagem, o parágrafo final do texto, que “acolhe” as medidas da IMO “como a primeira regulamentação climática setorial global juridicamente vinculativa que contribuirá para a redução das emissões provenientes do transporte marítimo”.
Três dos diplomatas, aos quais foi concedido anonimato para discutir conversações a portas fechadas, disseram que a Grécia se opôs a qualquer menção à taxa da OMI e rejeitou várias tentativas de compromisso.
Com o texto a exigir a aprovação unânime dos 27 governos da UE, os ministros suspenderam o debate durante várias horas enquanto os diplomatas lutavam para encontrar uma solução. Mas a Grécia rejeitou mesmo uma proposta de última hora, vista pelo POLITICO, de meramente “recordar” que as negociações da OMI tiveram lugar.
No final, os ministros só conseguiram concordar em suprimir totalmente a referência da OMI.
O presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou com sanções contra países que apoiam um imposto sobre a poluição climática proveniente do transporte marítimo. A reunião da IMO foi adiada por um ano na sexta-feira.
Os governos da UE aprovaram em Setembro um endosso conjunto da medida da OMI, mas a Grécia e Chipre romperam fileiras e estiveram entre os países que se abstiveram na semana passada. Chipre não se opôs ao texto de terça-feira sobre a COP30.
