Política

12 migrantes enviados para a Albânia para processamento são devolvidos à Itália

A rejeição da detenção por parte do tribunal baseou-se em preocupações sobre a segurança dos países de origem dos migrantes – Bangladesh e Egipto. O tribunal citou uma decisão de 4 de outubro do Tribunal de Justiça da União Europeia.

O governo italiano prometeu na sexta-feira levar adiante o programa, dizendo que apelaria da decisão do tribunal.

Os centros de detenção, operacionais há apenas uma semana, receberam o seu primeiro grupo de 16 migrantes do Bangladesh e do Egipto, que chegaram num navio de guerra italiano na quarta-feira. Quatro outros migrantes já tinham sido rejeitados pelo pessoal do centro – dois devido à vulnerabilidade após avaliações de saúde e dois por serem menores, segundo a Associated Press.

Ao abrigo do acordo de 2023, a Albânia concordou em receber até 36.000 migrantes do sexo masculino intercetados em águas internacionais todos os anos, para dois centros de processamento de asilo no norte da Albânia.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, elogiou a iniciativa como um modelo para a Europa. Mas após a decisão do tribunal, ela manifestou preocupação com o facto de países como o Bangladesh e o Egipto serem considerados inseguros, quase todos os migrantes poderiam ser excluídos do programa, tornando-o ineficaz.

Durante uma viagem ao Líbano, Meloni disse que convocaria uma reunião do Gabinete na Segunda-feira para abordar a questão.

“Vamos nos reunir para aprovar algumas normas que nos permitirão superar esse obstáculo”, disse Meloni, segundo reportagem da AP. “Acredito que cabe ao governo e não aos magistrados estabelecer quais países podem ser considerados seguros.”